Vereadores reafirmam que são contra a gestão terceirizada da Saúde
Os parlamentares receberam os profissionais da Saúde que estão com dificuldades para garantir seus direitos trabalhistas
Publicado em 21/11/2024 17:11
Na tarde da última terça-feira (19), os vereadores da Legislatura 2021-2024, receberam os profissionais da saúde que atuam no Hospital Municipal Waldemar das Dores e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com o objetivo de reunir informações assertivas e ouvir os profissionais prejudicados após o fim do contrato com a entidade filantrópica em gestão de serviços de saúde e administração hospitalar, Associação de Proteção e Amparo à Saúde (APAS).
Os profissionais foram recebidos no Plenário da Câmara, pelo presidente, João Lima, pelo vice-presidente, Tico Santos e os vereadores Adriano Santos, Fabrício Preto, Figueiredo, Glaução do Trecho, Paulinho da Ong e Dr. Washington. Os parlamentares reforçaram que durante todo o mandato criticaram o modelo de gestão terceirizada da Saúde, adotado pelo Poder Executivo, e explicaram os limites legais que impedem a Câmara Municipal de atuar diante os erros prejudiciais cometidos contra os trabalhadores.
Tanto os profissionais da saúde, quanto os vereadores criticaram a omissão e a má gestão dos contratos que são de responsabilidade da Prefeitura Municipal. Durante a reunião, os trabalhadores também puderam ouvir as respostas referentes às cobranças dos parlamentares, foi lida uma resposta encaminhada pela Procuradoria-Geral do Município e uma nota emitida pela APAS. Entretanto, até o momento nenhum direito trabalhista foi pago ainda.
“O procurador esteve lá, fez uma reunião com a gente, falou que iria segurar um repasse para fins rescisórios, pelo jeito não foi feito. A gente está sem saída, tem muita gente que saiu de lá e não recebeu Fundo de Garantia, está todo mundo perdido, a gente está trabalhando no limite do psicológico”, destacou o condutor socorrista do SAMUB, Luiz Fernando Guimarães.
Já de acordo com o médico, Márcio Antônio Lopes dos Santos, existe um problema gravíssimo em relação às empresas terceirizadas, que não cumprem os contratos e não pagam os funcionários. “Então isso vai gerando uma indignação, vai gerando um mal estar nos funcionários, que às vezes preferem sair do que trabalhar ali”, reforçou.
Vale destacar que, após a saída da APAS, quem assumiu os serviços hospitalares do município foi o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paraopeba (ICISMEP) e a Avante Social. Os profissionais relataram que desde a mudança ainda estão trabalhando sem a formalização contratual.
Na tarde desta quinta-feira (21), os médicos e os vereadores participaram de uma reunião na Prefeitura Municipal. Os profissionais destacaram que, aparentemente, o Poder Executivo não está disposto a auxiliar os profissionais na busca por uma solução para os problemas enfrentados pelos médicos e demais trabalhadores da saúde.
por Assessoria de Comunicação